À conversa com a televisão pública alemã, ZDF, no âmbito de uma reportagem sobre o novo sistema de drenagem de Lisboa: “impactos sobre o comércio da cidade, e apoios que a CML disponibilizou aos comerciantes afectados pela obra”.
A Presidente da UACS, Carla Salsinha, teve oportunidade de uma vez mais, referir a falta de apoios por parte do Município aos comerciantes que viram as suas lojas, praticamente, entaipadas, nas zonas em que as obras do PGDL estão a decorrer, ou onde os estaleiros foram instalados.
“Muitos comerciantes manifestaram e apresentaram à UACS, documentação que confirma as fortes quebras na facturação, comparativamente com o mesmo período, em anos anteriores. Consequências que prevemos se irão agravar dado o atraso da obra, e porque os clientes entretanto criaram novas rotinas, que dificilmente serão revertidas”.
O Município, que anteriormente se tinha manifestado disponível para ressarcir os comerciantes lesados, acabou por se limitar a isentá-los das taxas relativas à publicidade e ocupação de espaço publico.
A UACS não contesta a urgência e importância que a obra tem para a cidade, quer em termos de inundações, na diminuição do impacto das alterações climatéricas, que trazem graves prejuízos para os comerciantes da cidade, quer em termos de sustentabilidade, pelo aproveitamento das águas, um recurso escasso, que passará a ser recolhida e reutilizada em diferentes serviços na cidade (rega de jardins, limpeza da cidade, etc), mas alerta para que uma vez mais esta obra agravou os prolemas e desafios que o comércio tradicional hoje enfrenta.